20 de junho de 2010

Carta aberta

Não me venha com meios-termos, com mais ou menos, ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar. - Caio Fernando Abreu
            Jazz aqui um palavrão. Porque periga muita gente não continuar a ler. (me dá vontade de mandar se fuder.) E olha que eu só ia dizer que ando completamente apaixonada. Na verdade, mais apaixonada do que sempre fui. E isso se dá porque estamos mais envolvidos. Mais assumidos. Mais unidos. Mais na merda. Mais vivos. Sim, porque quem não está na merda não produz. Não reluz. Quando está tudo bem é que uma merda de verdade. Nesse sentido medíocre. Nós não. Nós brotamos juntos. Nos possuímos. Seguimos pelo mesmo caminho. Nos sentamos nas nuvens. Nos embriagamos de vinho. Nos assumimos. Nós sumimos. Brincamos de mímica. Gritamos palavrões. Nos afiamos como gaviões. E no momento, não sentimos saudade. Exercitamos a liberdade. (sempre com um pouco de libertinagem). Não nos conhecemos bem. Estamos nos desconhecendo.Esquecemos de nos apresentar. Nunca peguei na sua mão. Sopraram que seu nome é loucura. Eu, carinhosamente, chamo de cura.

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